quarta-feira, 5 de agosto de 2009

A morte e a serenidade


Nos olhares rápidos que damos pelas páginas de publicação rotineira dos jornais, uma coisa nos chamou a atenção. Na seção de Falecimentos, cuja curiosidade normalmente é bem mais rápida e de fingido desinteresse, contamos ontem 48 anúncios nos quais saltou aos nossos olhos as idades dos “mortos”, que varia entre os 47 aos 98 anos. A maioria passa dos "setenta". Naqueles instantes pensamos muitas coisas, principalmente nas milhares de mortes não anunciadas. Pensamos também naquelas que são muito mais precoces. Lembramos da dor e do desespero dos que ainda não possuem conhecimento e não compreendem espiritualmente essa horrível fatalidade biológica.

Mas na mesma seção havia um anúncio diferente , destacando-se entre os demais, não só pelo tamanho, mas pela comovente mensagem de despedida:


“CARO AMIGO FÁBIO,

Sendo muito “Franco”, o que nos conforta é ter compartilhado intensamente ótimos momentos em sua sempre agradável companhia.

Sentiremos muitas saudades.

Dos amigos de Sempre:

Alcir, Carlos, Eduardo, Fausto, Flávio, Paulo, Sérgio”.

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