segunda-feira, 3 de outubro de 2022

218 ANOS

 


Retrato de Allan Kardec na década de 1860

Sabia que o Espiritismo é um patrimônio e síntese da Filosofia e de todas as religiões? Qualquer segmento pode e deve usar seus princípios para fortalecer a fé e o humanismo. Os Espíritos estão em todos os lugares e a comunicação pela mediunidade com eles sempre foi natural e espontânea. Está registrado em todos os livros sagrados e também nas revelações científicas. Todos os adeptos de religiões e filosofias são inspirados e intuídos por seres espirituais superiores - e também inferiores - dependendo da sua moral. Allan Kardec criou e incentivou sociedades espíritas como centros culturais para combater o materialismo e todos os seus efeitos sociais nocivos como as guerras, a exploração e manipulação humana, o individualismo e o suicídio. Muitas igrejas livres logo entenderam esse aspecto amplo e universal e colocavam prática essas ideias, que são das leis da natureza. Os livros de Kardec não são sagrados nem vulgares. São manuais filosóficos, científicos e pragmáticos. Eles explicam como as coisas são e como funcionam. Talvez tudo isso ainda seja incompreensível para as mentes simplórias e corações fechados, que ainda se apegam aos mitos e dogmas. No entanto, tem pessoas simples que entendem e compreendem esse postulados, porque são abertos e bons; e outros, mesmo sendo intelectualizados, não percebem essa dimensão porque ainda são imaturos e endurecidos. Questão de tempo. Reencarnação não é crença e sim lei da natureza; Espíritos e fenômenos espíritas não é imaginação e fantasia; é real e causa impacto físico e psíquico comprovados com pesquisas e observação rigorosa da ciência. Os planetas não são enfeites e peças mortas das galáxias siderais; tudo tem vida e sentido de complexidade e transformação. A imortalidade é cientificamente indiscutível como prova material e possui registros comprobatórios incontestáveis. Fora disso , é uma questão de aceitação íntima. Tudo pode ser explicado. Esse é o milagre da Criação e da manifestação. Allan Kardec reencarnou em 3 de outubro em Lyon e desencanou em Paris, em 1869, vítima de um aneurisma cerebral, morte comum e que foi registrada pela imprensa da época. Era pedagogo e discípulo de Pestalozzi, a quem substituía como mestre. Tornou-se espírita aos 50 anos ao investigar as famosas "mesas girantes" e a pós receber de um grupo de artistas e intelectuais um caderno com perguntas e respostas dirigidas aos Espíritos que se manifestavam nas mesas. O grupo deu a ele a missão de investigar e explicar esses fenômenos, que aliás aconteciam no mundo inteiro entre 1840 e 1870. A tarefa foi integralmente cumprida e teve como resultado a publicação de cinco livros teses, alguns opúsculos e uma revista que contou e comentou sua trajetória e de seus companheiros de atividades. O Brasil foi seu maior campo receptivo, por causa da tradição cristã, da simpatia à ideia da comunicação espiritual e também das curas magnéticas, tão a gosto popular. Salve Professor Rivail. Allan Kardec foi seu pseudônimo, sugerido por seus Espíritos mentores, que alegavam tê-lo conhecido nas antigas Gálias, no corpo e personalidade de um sacerdote druída. Isto é o Espiritismo, que também foi previsto e está descrito no Novo Testamento, em João, no capítulo que fala do Paracleto e do Espírito da Verdade, revivendo nos tempos modernos os antigos profetas hebreus e os ensinamentos de Jesus.


Cena do filme “ Kardec, A História por Trás do Nome”, gravado em Paris e ambientado para o século XIX. O filme conta a história do educador Hippolyte Léon Denizard Rivail, conhecido como Allan Kardec e fundador da doutrina Espírita.


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