Com relação à intervenções editoriais da FEB nos livros de Kardec e Chico Xavier.
A FEB não deveria ter departamento gráfico-editorial e sim de orientação doutrinária editorial.
Entretanto, numa época em que o Espiritismo sofria no Brasil ataques violentos, que poderiam ter abortado o movimento espírita e destruído seus núcleos, a FEB resolveu, inspiradamente, fazer esse papel institucional, produzindo, comercializando e fomentando a distribuiçãos das obras consideradas essenciais para a sociedade.
Houve erros?
Sim, em se tratando de gestão humana e nem sempre preparada para tal responsabilidade.
Mas as obras estão aí, circulando aos milhões. Hoje, dezenas de editoras espíritas existem porque a FEB defendeu e garantiu juricamente esse espaço e liberdade de expressão.
Não podemos esquecer isso.
Atacar a FEB não é a melhor forma de corrigí-la. Não podemos julgar seu passado com olhos críticos do presente sem compreender os contextos desse erros.
A FEB já deveria ter se retirado da produção editorial, pois sua missão nesse setor já foi cumprida com a excelência e as limitações que eram possíveis naquela época. Havendo necessidade, é claro que se justifica novas intervenções nesse sentido.
O mesmo critério se aplica na comunicação: jornais, rádios, TVs etc. E também ao apoio às casas espíritas.
Houve época que a FEB teve que funcionar como centro espírita, para garantir a nossa liberdade de atuar em todos os lugares. Hoje não precisa mais.
Os órgãos federativos são cooperativas de fomento e orientação e não instituições isoladas de indústria, comércio, muito menos de núcleos de atendimento ao público.
Hoje existe uma forte necessidade midiática de afirmação de personalidades, lideranças e segmentos no movimento espírita. Natural. Obviamente a FEB, como outras federatvas, incomodam e também atrai muito a atenção dessas forças, pela sua história e potencial de realização de projetos.
Ela também têm o seu perfil e suas tradições que devem ser naturalmente questionadas e também respeitadas.
Os erros e acertos continuam.
O importante é que, na balança das realizações dessa trajetória, os acertos ainda pesam muito mais.