Herculano Pires, conhecido intelectual e escritor espírita, amigo
pessoal de Chico Xavier, não escondia sua opinião sobre o amigo: como
médium, era de altíssima qualidade; como pessoa, era humano como
qualquer um de nós: ingênuo e bondoso, aceitava tudo e a todos para não
cultivar inimizades e situações constrangedoras, mesmo com os falsos e
bajuladores que se aproveitam da sua condição de simplicidade. Estes até
hoje exploram sua imagem e questionáveis ideias e opiniões sobre
temas polêmicos, que quase sempre guardava extrema discrição. São
revelações tidas como segredos de exclusividade duvidosa, alimentados
pela intenção de criar falso prestígio em torno da intimidade do médium.
Há também - e sempre existiu - um culto personalista pela figura do
Chico, sempre repudiado pela nossas mais sensatas e respeitadas
lideranças e que hoje persiste de forma exagerada e até abusiva.
Atentemos, pois são bons pretextos para que o Espiritismo seja
banalizado e, como sempre, atacado pelos adversários de sempre.
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