domingo, 26 de abril de 2009

Plinio Marcos e os turrões espíritas

Plínio Marcos no auge da fama: boca suja e coração sempre muito limpo.


Há quem admire a teimosia porque a confunde com a persistência, que é realmente uma virtude. Teimosia é e sempre foi exagero humano, persistência no erro ou, no dizer contemporâneo de Edgard Morin, “cegueira paradigmática”.

Pois bem, tempos atrás havíamos lido uma entrevista de um antigo militante espírita, já desencarnado, e esta semana lemos uma outra, de outro antigo militante, muito parecida. E ficamos nos perguntando: Como vamos estar quando chegarmos nessa curiosa e fascinante fase da vida? Lapidados naturalmente pela existência, conformados com as provas, mas ainda rebeldes e resistentes à Verdade. Divididos entre a arrogância e a simplicidade, continuaremos pretensiosos. Envergonhados com os excessos cometidos, faremos elogios aos antigos desafetos, uma forma disfarçada de pedir perdão pelas bobagens que falarmos ou fizermos nesses anos todos à frente. Importante: já estaremos admitindo em público que o Espiritismo ainda está muito distante da nossa capacidade de assimilação. Nada a estranhar, pois cada tem o seu ritmo e seu tempo. O tempo do corpo (existência) não acompanha o tempo do espírito (consciência). Estaremos revelando, de um lado, um importante vigor intelectual e , por outro, uma enorme dificuldade para digerir a essência espiritual das coisas. Teremos o perfil clássico do sectário e do turrão: confuso entre a razão e a emoção, como se essas duas coisas fossem absurdamente incompatíveis. Nunca foi, nunca será. O problema sempre estará em nós. Manteremos aquela antiga bravata ideológica e vamos nos declarar sempre fiéis à Kardec - como se Kardec fosse um culto institucional ou time de futebol e tivesse passado sua existência como um simples intelectual, orgulhoso e limitado, que não tenha compreendido espiritualmente a própria doutrina que fundou e exemplificou com a sua experiência pessoal durante 14 anos. A velha história vai continuar: não podendo nos modificar, vamos querer modificar o Espiritismo ao nosso gosto. Não aceitando Kardec como realmente como ele se nos apresenta, vamos projetar nele a imagem daquilo que gostaríamos que ele fosse. Só de pensar que nos próximos anos teremos assimilado muito pouco do Espiritismo, ficamos seriamente preocupados.

Nos lembramos agora de Plínio Marcos, o eterno jovem e rebelde dramaturgo santista que passou grande parte da vida lutando contra o mundo e não conseguia enxergar que o mundo era ele mesmo. Plínio não cresceu no ambiente de miséria e violência que expressou raivosamente em toda a sua obra. Teve suas oportunidades de luz , que não sabemos quanto soube aproveitar. Era de família mediana e o pai era espírita. Certa vez nós o vimos dizendo que conhecia o Espiritismo, pois , quando adolescente, trabalhara numa banca livros espíritas cujo pai era responsável. Alguém na platéia perguntou o que ele pensava sobre o Espiritismo. Naquela noite, no Teatro do Sindicato dos Metalúrgicos, em Santos, estava acontecendo a reencenação da peça Barrela, proibida durante a ditadura militar. Era 1979 ou 80, os primeiros tempos da anistia. Entre nós, prestigiando o evento, estava uma verdadeira plêiade do teatro nacional (Flávio Rangel e Ruth Escobar estavam na primeira fila) - pois era um momento histórico e emblemático – e também alguns representantes anônimos da censura e da polícia federal. Respondendo ao jovem espírita, Plinío disse com ares de provocação: “Lia tudo aquilo, mas achava tudo muito perfeito e conformista”. Essa distorção pessoal da doutrina revelava certamente a sua principal carência e o seu real interesse pelas coisas do mundo. O reencontramos na sua velhice precoce, nos final dos anos 90, e ele já estava mais surrado pela vida, falando de Jesus, de aceitação , de respeito pelo próximo. Plínio sempre quis falar dessas coisas, pois, apesar da boca suja, sempre teve o coração muito limpo, mas não conseguia conter seu impulso de artista intolerante, repleto de feridas e mágoas indecifráveis. Não havia mais aquela revolta pela revolta, os xingamentos exagerados, a vontade inconsequente de chocar e ferir, tão comuns nos adolescentes. Plínio agora estava voltado para si mesmo, para o esoterismo, para o Tarô. Mas ainda sentia prazer na rebeldia e atração para a marginalidade. Nunca deixamos de admirar o seu talento e sua coragem política. Nos divertíamos com a sua irreverência diante da autoridade abusiva e dos moralistas. Naquela noite ele pegou no pé dos censores com provocações impublicáveis. Suas exposições eram repletas de tiradas inteligentes, que arrancavam muitas gargalhadas e reflexões. Porém, nunca deixamos também de lamentar sua teimosia e fascínio pelas coisas negativas, baixo astral, nem saber se tinha realmente pavor das coisas do mundo íntimo, como aparentava. E sempre perguntamos: o que Plínio Marcos levou desse mundo violento e podre que ele sempre denunciou? Em que a sua obra contribuiu para melhorar o mundo e as pessoas? O Jesus Homem que ele admirava o ajudou em algum aspecto ou era pura ironia? O mundo marginal que ele tanto adorava se tornou mais humano ou piorou em termos de crueldade e opressão? O que ele esperava realmente desse mundo? Não nos referimos à sua importância inovadora na dramaturgia, no aspecto artístico, mas à sua experiência como espírito encarnado. Não temos respostas. Por outro lado ficamos pasmos com o mesmismo e a ingenuidade (tão bem explorada atualmente) da chamada arte e dramaturgia espírita. Nunca nos iludimos que pessoas como Plínio Marcos – que viveram do mundo e intensamente para o mundo - pudessem compreender e abraçar o Espiritismo. Como poderia nos iludir se muitos espíritas que, como ele, também não compreendem. Pior ainda: querem se equiparar a Kardec pretendendo rebaixá-lo a intransigente e teimoso.

Plínio Marcos na maturidade: turrão e bom coração

terça-feira, 21 de abril de 2009

Médiuns... quem atira a primeira pedra?


Nota do Caderno 2, do jornal Estado de São Paulo, em 21/04/2009:

“O médium James Van Praagh, colaborador da série Ghost Whisperer, com Jennifer Love Hewitt, esteve no Brasil para lançar um livro e dar depoimento para o filme sobre Chico Xavier, que deve render também minissérie na Globo”.

Médiuns que têm acesso mais direto aos espíritos são geralmente muito assediados pelo público e meios de comunicação. Divaldo Franco, apesar da idade avançada e da larga experiência, confessa que este é uma aspecto que mais lhe causa apreensão em suas atividades. Mesmo assim, enfrenta a prova pedindo orações para os amigos e admiradores. Na sua última visita ao programa de Ana Maria Braga ficou bastante preocupado, pois sabia da repercussão que o mesmo teria. A fama geralmente vem acompanhada do assédio, da inveja, do fanatismo, das bajulações, das críticas, tentativas de difamação, da intolerância e muitas vezes da violência (de todos os tipos), incluindo agressões físicas. É um terreno árido no qual a base espiritual (leia-se evangelização) é muito importante para não sucumbir. Kardec tinha um cuidado especial para proteger as médiuns que colaboraram com a Codificação. As meninas Baudim e Japhet, bem como a maioria dos colaboradores da Sociedade Espírita de Paris, permaneceram anônimos durante longos anos por causa desses efeitos da mediunidade-tarefa. Diversas vezes Kardec denunciou e lamentou os rumos e riscos que tomaram as carreiras de médiuns famosos no seu tempo, como as irmãs Fox e Daniel D. Home, cheia de imprevistos e humilhações que lhes convidavam constantemente à deserção.


Os médiuns são naturalmente perturbados e propensos ao desequilíbrio, seja por causa das suas faculdades (pois são janelas abertas entre os dois planos em permanente conflito energético), seja por suas antigas inclinações (falhas graves em outras existências, que os tornam mais vulneráveis), daí a necessidade de uma boa formação moral e técnica, para evitar as armadilhas e suportar ossos do ofício. Não foi à toa que Chico Xavier se tornou um ícone mediúnico. É só verificar que a sua fama e potencialidades foram proporcionais a imensa lista de problemas que teve de enfrentar durante toda a sua vida. Problemas gravíssimos, incluindo os de natureza pessoal e familiar (os mais terríveis). Teve muita sorte e proteção, pois rompeu com tudo que reafirmava a arrogância do materialismo, do dogma, da superstição e do egoísmo. Chico foi educado pelos exemplos de dois antecessores do seu trabalho: o professor Eurípedes Barsanulfo ( a quem Chico atribuia ser exemplo vivo do Evangelho de João) e dona Maria Modesto Cravo, especialmente dedicada aos problemas da obssessão. Ambos passaram por provas terríveis e eram orientados por entidades de alta hierarquia espiritual. Chico dizia que seu compromisso era tão grave e sério que se entregou completamente, afirmando que seu corpo (leia-se mediunidade e a responsabilidade) não mais lhe pertencia pessoalmente. Não é à toa que ainda é cultuado pelas massas como um santo contemporâneo, como foi Gandhi, Martin Luther King e Madre Teresa de Calcutá. Eles, que tinham tanta vivência e força para suportar suas provas e desafios, passaram pelo passaram sem dar um pio de reclamação. E nós? Teríamos tal disposição e coragem?

Ps. Poucos se recordam que Jesus também foi um grande médium.

Work-shop de James numa livraria nos EUA

sexta-feira, 17 de abril de 2009

18 de abril de 1857

Retrato de Aurore Dupin (George Sand) , a quem Allan Kardec teria oferecido o primeiro exemplar de O Livro dos Espíritos

A tradição lendária – utilizando a expressão de Canuto Abreu para conceituar esses registros da tradição oral a respeito dos trabalhos da Codificação – conta que Rivail, antes de dirigir-se à Livraria Dentu, havia lido em casa uma sugestiva nota de jornal falando da presença da famosa George Sand (Aurore Dupin) em Paris. “La Sand”, com o era conhecida a grande escritora feminista, viera especialmente de Nohant , em longa excursão feita de carruagem, para assistir a peça “Demi Monde”, da qual faria sua prestigiada crítica teatral. Rivail e Sand eram velhos conhecidos, desde os tempos de estudos de magnetismo e das primeiras reuniões de mesas-girantes, bem como de animadas conversas sobre as novidades do espiritualismo. Foi então que ocorreu ao professor que a amiga poderia tomar conhecimento da síntese das suas últimas pesquisas. Sobre esses acontecimentos, hoje de valor inestimável para a memória do Espiritismo, há uma curiosa revelação feita pelo médium Francisco Cândido Xavier, transmitida em conversa informal e assim anotada por Suely Caldas Schubert:

“(...) E assim foi que, andando pelas ruas de Paris, com o primeiro exemplar do livro nas mãos, e por isso, pleno de alegria, o professor avistou a carruagem de Sand, reconhecendo-a em seu interior. Imediatamente acenou e, cumprimentando-a, disse:

- Madame Sand, venho oferecer-lhe o primeiro livro da Doutrina dos Espíritos! Ao que ela retrucou:

- Ah, professor Denizard, - ela assim o chamava – eu sei que o senhor está fazendo experiências verdadeiras. Eu mesmo sou delas testemunha , porque desde quando muito jovem, abservava alguém , um vulto, a me acompanhar o tempo todo, a me espreitar! De pequena, lutei muito para que os demais compreendessem o que se passava comigo, mas em vão!... Bem, não nos importemos com as incompreensões e sigamos avante!... O senhor está de parabéns, professor!

O professor Rivail agradeceu-lhe a acolhida fraterna, dizendo-lhe que estimaria muitíssimo ver sua apreciação da obra. “La bonne dame de Nohan” respondeu-lhe afável:

- Professor Denizard, guarde para si este exemplar, do qual não sou digna. Alegrar-me-ei bastante em opinar sobre ele mais tarde, quando o tempo me permitir. Atualmente, tenho a vida atribulada de compromissos. Prometa enviar-me outro volume posteriormente.

A 20 de maio do mesmo ano, Allan Kardec endereçava-lhe expressiva carta, com um exemplar de “ O Livro dos Espíritos”, em anexo. Madame Sand leu a obra com atenção e, três meses depois, procurando o amigo falou-lhe:

- Professor Denizard, gostaria muito de acompanhá-lo em suas demandas por estas idéias renovadoras de nosso mundo, mas sinto que somente iria atrapalhar seu livre desenvolvimento. Minha condição de mulher, com conceitos e comportamentos revolucionários, não ajudaria em nada a verdade que esta filosofia representa. Recuso-me, pois, a escrever qualquer artigo sobre este livro de luz. Eu, certamente, apenas contribuiria para nobel. Conto com a sua compreensão e prometo, outrossim, colaborar com o senhor no que estiver ao meu alcance.

Dez anos mais tarde, na edição de janeiro de 1867 da Revista Espírita, sob o título “Os Romances Espíritas”, Allan Kardec comentaria, da seguinte forma, algumas obras literárias de George Sand: “Em Consuelo e na Comfesse de Rudolf-State, da Srª George Sand, o princípio da reencarnação representa papel capital. O Drag, da mesma autora, é uma comédia representada, há alguns anos, no Vaudeville, cujo enredo é inteiramente espírita”. Kardec igualmente comentaria ser a obra Mademoiselle de La Quintine, de Sand, uma obra que encerrava pensamentos eminentemente espíritas.

Allan Kardec e George Sand novamente se encontraram, em 18 de abril de 1957, cem anos decorridos sobre aquele encontro nas ruas de Paris e, desta vez, despojados da veste corporal.

George Sand foi um dos espíritos de elite que compareceu à grande solenidade espiritual, em homenagem a Allan Kardec, levada a efeito na Vida Maior por ocasião do primeiro centenário do livro”.

In Nova História do Espiritismo – Corifeu Editora

Gravura da Galeria D'Orleans, Palais Royal em 1850


sexta-feira, 3 de abril de 2009

O Castelo do Espírito. Quo vadis?

Turistas em busca do Castelo Hasdeu: quem são eles, de onde vieram, para onde querem ir?
Este é o Castelo Hasdeu, também conhecido como Castelo do Espírito, famoso ponto turístico da cidade de Campina, a 96 quilômetros de Bucareste, na Romênia. O edifício foi construído pelo filósofo e historiador Bogdan Petriceicu Hasdeu em homenagem póstuma à filha Julia Hasdeu, morta em 1888. Detalhe: toda a construção foi realizada a partir de desenhos descritivos transmitidos por via mediúnica pela própria Julia.
Para o turista comum, de olhar e curiosidade mediana, trata-se apenas de um capricho sentimental de um pai atormentado pela perda do ente querido. Para o observador mais atento surgem inúmeras dúvidas sobre o verdadeiro significado dessa obra. Que intenção teria o Espírito ao inspirar essa construção? Seria uma réplica de onde estaria residindo Julia no mundo espiritual? Que função teria o edifício: um simples mausoléu, uma moradia particular ou centro cultural para difusão de verdades espirituais? Quem frequentava as reuniões que ali se realizavam? Que médiuns trabalharam nessas sessões? Que expectativas tinham essas pessoas? Que espíritos se comunicaram e que tipo de mensagens foram recebidas? Elas previam o que aconteceria com a Romênia e a Eupora nos dias futuros? Onde foram parar os registros dessas comunicações? Afinal, Julia e o pai teriam conhecido o Espiritismo durante sua estadia em em Paris? Os turistas que atualmente visitam o museu o fazem por simples curiosidade ou buscam algo mais que a nossa vã filosfia terrena não pode oferecer?
Como informam diversos textos na internet, o castelo Hasdeu, concluído em 1896, sofreu sérios danos na passagem das duas guerras mundiais e também no grande terremoto de 1977. Nessa época já havia sido listado como patrimônio histórico nacional e funcionava como Museu Memorial, por iniciativa do historiador e professor Nicolae Simache. É o 25º ponto turístico mais visitado da Romênia, embora sua restauração não esteja concluída. As preocupações e práticas espíritas de B.P. Hasdeu ocupam um lugar importante no conjunto da exposição permanente do museu.
A Romênia, uma das herdeiras do Império Bizantino (Império Romano do Oriente), é uma das mais antigas nações da Europa oriental e ficou famosa no Ocidente por ser a região de origem do Conde Drácula, cujo mito do vampirismo até hoje fascina os fãs de histórias de terror. É também o país de Mircea Eliade, um dos maiores estudiosos de mito e religião, radicado nos EUA. Mircea chamava B.P. Hasdeu de "gênio" , mas nunca aceitou as incursões do seu mestre no esoterismo e nas práticas espíritas. Sua famosa frase sobre a "crença" no espiritismo provavelmente seja um reflexo dessa rejeição. Parte integrante do bloco socialista durante a Guerra Fria, a Romênia também amargou - como todas as outras nações do Pacto de Varsóvia - uma longa e intensa repressão política e espiritual. Agora, no renascimento e na volta às suas raízes e tradições, provavelmente estejam presentes o resgate das práticas espíritas e a busca de um novo sentido filosófico para tantas almas que lá continuam indo e vindo na rodas das existências.

Reunião espírita no Castelo de Campina, Romênia.

Arquitetura gótica com traços orientais é marcante no castelo

Detalhe do "Olho de Deus" no portal do edifício: influência iluminista da franco-maçonaria

Jovens em busca de novas emoções: medo, curiosidade ou interesse pelo desconhecido?

Crianças em visita ao Castelo do Espírito: o que se passa no coração e na mente delas ?


O filósofo e historiador romeno B.P. Hasdeu


Julia Hasdeu ( 1869 - 1888) foi uma criança superdotada. Na idade 2 anos e meio já sabia um pouco de francês e alemão e concluiu em poucos anos a graduação primária, quando ingressou Conservatório de Música de Bucareste. Desde muito jovem escreveu poemas e prosa, ensinou as línguas estrangeiras e estudou piano e canto. Ela foi a primeira mulher romena a frequentar Universidade da Sorbonne em Paris, onde obteve o bacharelado em letras, seguido pelos cursos da École des Hautes Études em Paris.

No início 1888, a saúde da poetisa é marcada pelos primeiros sinais da tuberculose. Desesperado em busca da cura, o pai fará uma louca corrida no sul da França, Itália e Suíça. Todas as suas tentativas são inúteis. No verão do 1888, Hasdeu traz sua filha de volta á Romênia. Após um breve período de tratamento Julia Hasdeu é transportada ao Mosteiro de Agapia. Julia morreu com a idade de 18 anos. O poeta Sully Prudhomme escreveu sobre ela: "Miss Hasdeu fez no nosso país - a França - a maior honra do seu país – a Romênia!"

Por iniciativa da embaixada romena, em frente a casa localizada 27, rue Saint-Sulpice, Paris IV, foi fixada placa na qual se assinala que ali vivia Julia Hasdeu, poeta romena de expressão francesa. A placa foi revelada em 20 de Dezembro de 1993.

Tradução livre a partir de textos encontrados na internet.