terça-feira, 21 de abril de 2009

Médiuns... quem atira a primeira pedra?


Nota do Caderno 2, do jornal Estado de São Paulo, em 21/04/2009:

“O médium James Van Praagh, colaborador da série Ghost Whisperer, com Jennifer Love Hewitt, esteve no Brasil para lançar um livro e dar depoimento para o filme sobre Chico Xavier, que deve render também minissérie na Globo”.

Médiuns que têm acesso mais direto aos espíritos são geralmente muito assediados pelo público e meios de comunicação. Divaldo Franco, apesar da idade avançada e da larga experiência, confessa que este é uma aspecto que mais lhe causa apreensão em suas atividades. Mesmo assim, enfrenta a prova pedindo orações para os amigos e admiradores. Na sua última visita ao programa de Ana Maria Braga ficou bastante preocupado, pois sabia da repercussão que o mesmo teria. A fama geralmente vem acompanhada do assédio, da inveja, do fanatismo, das bajulações, das críticas, tentativas de difamação, da intolerância e muitas vezes da violência (de todos os tipos), incluindo agressões físicas. É um terreno árido no qual a base espiritual (leia-se evangelização) é muito importante para não sucumbir. Kardec tinha um cuidado especial para proteger as médiuns que colaboraram com a Codificação. As meninas Baudim e Japhet, bem como a maioria dos colaboradores da Sociedade Espírita de Paris, permaneceram anônimos durante longos anos por causa desses efeitos da mediunidade-tarefa. Diversas vezes Kardec denunciou e lamentou os rumos e riscos que tomaram as carreiras de médiuns famosos no seu tempo, como as irmãs Fox e Daniel D. Home, cheia de imprevistos e humilhações que lhes convidavam constantemente à deserção.


Os médiuns são naturalmente perturbados e propensos ao desequilíbrio, seja por causa das suas faculdades (pois são janelas abertas entre os dois planos em permanente conflito energético), seja por suas antigas inclinações (falhas graves em outras existências, que os tornam mais vulneráveis), daí a necessidade de uma boa formação moral e técnica, para evitar as armadilhas e suportar ossos do ofício. Não foi à toa que Chico Xavier se tornou um ícone mediúnico. É só verificar que a sua fama e potencialidades foram proporcionais a imensa lista de problemas que teve de enfrentar durante toda a sua vida. Problemas gravíssimos, incluindo os de natureza pessoal e familiar (os mais terríveis). Teve muita sorte e proteção, pois rompeu com tudo que reafirmava a arrogância do materialismo, do dogma, da superstição e do egoísmo. Chico foi educado pelos exemplos de dois antecessores do seu trabalho: o professor Eurípedes Barsanulfo ( a quem Chico atribuia ser exemplo vivo do Evangelho de João) e dona Maria Modesto Cravo, especialmente dedicada aos problemas da obssessão. Ambos passaram por provas terríveis e eram orientados por entidades de alta hierarquia espiritual. Chico dizia que seu compromisso era tão grave e sério que se entregou completamente, afirmando que seu corpo (leia-se mediunidade e a responsabilidade) não mais lhe pertencia pessoalmente. Não é à toa que ainda é cultuado pelas massas como um santo contemporâneo, como foi Gandhi, Martin Luther King e Madre Teresa de Calcutá. Eles, que tinham tanta vivência e força para suportar suas provas e desafios, passaram pelo passaram sem dar um pio de reclamação. E nós? Teríamos tal disposição e coragem?

Ps. Poucos se recordam que Jesus também foi um grande médium.

Work-shop de James numa livraria nos EUA

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