segunda-feira, 15 de novembro de 2010

O peso da carne e o impacto de Nosso Lar


Mesmo entre espíritas pesam as influências e os efeitos da experiência existencial na carne. O conhecimento auxilia, e muito, mas não é suficiente para conter os desvios de percurso e o entorpecimento causado pelos desejos e preocupações que ocupam a mente dos que se submetem às provas da reencarnação. Difícil fugir da ilusão da matéria e dizer não às velhas tendências e inclinações. Difícil estar atento para não cair nos mesmos erros que nos afastam sutilmente do cumprimento das nossas promessas.

É o que sentimos ao ver Nosso Lar e talvez tenha sido esse o sentimento desse expectador de Belo Horizonte:


“Saí do cinema com as energias renovadas, mais disposto a caminhar cada vez melhor. Não raro passam desapercebidas aos nossos olhos atitudes que vão nos matando aos poucos. E às vezes até temos senso crítico para isto mas ainda assim fazemos vista grossa. Tenho feito uma auto análise do meu progresso, e percebo que cada pequena atitude forma um pilar sólido que servirá de base para o progresso maior. Tenho aprendido a perdoar, a relevar grosserias, a não culpar situações externas ou pessoas se algo não sai como gostaria. Ao contrário de desejar mal, tenho pedido luz para que desperte a consciência de quem ainda caminha com maus pensamentos.

Outra observação sobre o filme é o valor do trabalho. André Luiz, o protagonista do filme, era médico aqui na terra, mas para progredir teve de descobrir o prazer de ser útil em trabalhos elementares. Trabalho diretamente com pessoas e tenho gostado e aprendido muito com isso, especialmente a resolver situações com tranquilo diálogo enquanto a outra parte está com os nervos à flor da pele. Neste ano tenho despertado um interesse inimaginável por trabalhos manuais, mais especificamente reparos domésticos. Estou literalmente colocando a mão na massa nas obras em minha casa e arranjando soluções criativas para coisas que estavam entulhadas. Também estou fazendo curso de pintor, e estou gostando demais!

Mesmo se você não for espírita, recomendo assistir o filme, com disposição a rever seus pontos de vista”.

Leo, o Andarilho Virtual, Belo Horizonte, MG, Brazil


Fonte: blog Entre o Concreto e o Abstrato

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