sexta-feira, 11 de março de 2011

Alguém poderia explicar o que é Física Quântica?

Silêncio, gênios pensando: Max Planck conversa com Albert Einstein. Do que será que eles estão falando?


Uma entrevista do médium José Raul Teixeira declarando que a associação entre espiritismo e física quântica é “fanfarronice” empolgou muitos críticos espíritas. Teixeira não é apenas médium espírita, mas também é catedrático em física. Explicou porque os espíritas religiosos e místicos se entusiasmaram com essa idéia de que a nova física pode explicar o mundo espiritual e comprovar a existência do espírito. Assunto delicado e complexo, mesmo porque o próprio Teixeira deixou claro que muitos físicos não conhecem física quântica, dando a impressão de que se trata de um segmento obscuro e marginal no meio acadêmico.

Então a física mecanicista de Newton ainda vale como paradigma dominante? O universo é previsível e certo como exatidão matemática? Física quântica se opõe à física tradicional?

Realmente são coisas muito difíceis de entender, tanto que os próprios físicos se mostram cautelosos ao falar sobre o tema. Nós que somos leigos então, ficamos a ver navios nesse imenso oceano da ignorância e temos mais é que calar a boca. Será que ainda podemos ter dúvidas?

Alguém poderia explicar, à luz da física, o que significa esse trecho do famoso artigo de Carl Rogers?

(...) Os velhos padrões se desvaneceram. Isto nos inquieta e nos deixa incertos.

A busca por uma unidade material (moléculas, átomos, núcleos do átomo, inúmeras micro-partículas) do universo foi infrutífera. Ela não existia. As partículas eram padrões de energia oscilante. Toda nossa percepção da realidade se desvaneceu em irrealidade. Nosso mundo era diferente de qualquer coisa que tivéssemos imaginado. Não existe solidez nele.

A ciência – pedra angular da nossa era tecnológica- não é mais simplesmente um sistema linear de causa e efeito, mas é uma descrição maravilhosamente complexa do processo recíproco de causa e efeito através do qual o universo está criando a si próprio!

A realidade, como a temos conhecido – matéria, tempo e espaço – não existe mais de nenhuma forma fundamental. Estamos frente a uma realidade misteriosa de energias oscilantes que operam formas bizarras. É uma realidade de uma interconexão quase que mística , uma relação que participa cada entidade, tanto animada quanto inanimada. Como indicou um grande cientista, o universo não se parece mais com uma grande máquina. Assemelha-se a uma grande “idéia”.

Do que ele está falando? O que significam essas reflexões e todas essas pesquisas? Teria sido esse o motivo de Rogers ter, no final da vida, admitido a existência e a comunicação com os espíritos?

As pesquisas de J.S. Bell –1964 a 1972 - sugeriram um universo interconectado em cada evento está em conexão com todos os outros.

Partículas gêmeas, com o mesmo spin, poderiam ser separadas. Se o spin de uma dessas partículas é alterado,o spin da outra muda instantaneamente. Como essa partícula “sabe” o que está acontecendo à sua partícula gêmea?

Existe no universo um misterioso e desconcertante vínculo de comunicação.

Nesse novo paradigma, matéria, tempo e espaço desaparecem como conceitos absolutos ou como conceitos significantes. Existem apenas oscilações. A solidez de nosso mundo desapareceu. O velho paradigma não serve mais.”


Sinceramente, estou perdido e preciso urgentemente entender todas essas coisas e principalmente compreender o que tudo isso tem a ver com o Espiritismo.

“(...) A ciência – pedra angular da nossa era tecnológica- não é mais simplesmente um sistema linear de causa e efeito, mas é uma descrição maravilhosamente complexa do processo recíproco de causa e efeito através do qual o universo está criando a si próprio!

Fritzjof Capra e Gary Zucav demonstram a convergência entre a física racional e teórica do ocidente e o esoterismo pragmático oriental”.

Por favor , alguém poderia explicar?

Puxa vida! E eu que estava tão empolgado...

3 comentários:

Ricardo Alves da Silva disse...

Ótima pergunta!

Até ler os trechos da entrevista do Raul Teixeira (Lavras 24h, publicada em 09/julho/2010) e do Alexandre Fontes (O Consolador, nº 188, de dezembro/2010), pensava que, do movimento espírita, só eu não entendia nada de física quântica, considerando tantos companheiros falando com a maior naturalidade sobre o assunto.

Confesso que estou aliviado na minha ignorância...

Jáder Sampaio disse...

Dalmo,

Na Psicologia (Rogers é um colega) houve um arrazoado de análises superficiais sobre a Física. O movimento humanista, e depois o transpessoal são responsáveis por afirmações apressadas.

Alguns deles propõem a superação de um método cartesiano e newtoniano. Newton continua atualíssimo para explicar fenômenos além do universo do sub-atômico. Não houve uma mudança paradigmática, mas uma expansão paradigmática na Física.

Um abraço

Jáder

Neana Undómiel disse...

A matéria, até onde se conhece* é dividida em partículas chamadas léptos Quarks e as partículas Mediadoras de forças.Tais partículas possuem uma energia associada na ordem de GeV (giga eletron volts) e até onde conhecemos essas são indivisíveis.
O fato de as molécolas monoatômicas emitirem um espectro de energia não contínuo implica que as quantidades de energia que esses podem emitir, quando absorvem uma dada quantidade de energia, deve assumir, e assumem, apenas determinados valores de energia. E existe uma quantidade mínima de energia que é emitida. Esse valor de energia, para cada molécula, é sempre o mesmo e valores de energia maiores que o mínimo são sempre múltiplos ou possuem alguma relação matemática com o mínimo de energia que a molécula pode emitir.
Ou seja os valores de energia emitidos, ou que podem ser absorvidos por uma molécula são únicos e ivariantes, quando isso ocorre dizemos que a energia é quantizada( pois só pode assumir uma dade quantidade).
Voltando para as partículas elementares, como o própio nome diz essas possuem uma quantidade de massa, carga, e energia ivariante ou seja uma quando há uma quantidade maior de carga, massa ou energia, esses são múltiplos inteiros do apresentado pela partícula elementar. Para a carga elétrica, por exemplo, Robert Andrews Millikan demostrou que todas as quantidades de cargas eram múltiplas de um número inteiro, então a carga tinha uma unidade, e essa era a carga do elétron(a menor carga, esse é um lépton)
Em todo e qualquer fenômeno a carga e a energia de partículas se conservam ( observando que uma partícula só pode ser dividida em partículas elementares - léptons e quarks)

Um Abraço