Algum tempo antes do nascimento, tanto na Palestina como nos países vizinhos e no Oriente, correu o aviso, dado pelos sábios assírios e caldeus entendidos em astrologia, que estava se formando, em dado ponto do Zodíaco, uma estranha e imprevista conjunção de corpos celestes: aproximavam-se Júpiter, Saturno e Marte.
Isso, diziam eles, era sinal de acontecimentos graves, podendo sobrevir cataclismos e sofrimentos imprevisíveis.
Por isso, em toda parte, o povo, ansioso e atemorizado, perscrutava os céus, noites seguidas na expectativa das desgraças anunciadas.
Mas os sacerdotes do Templo de Jerusalém sabiam que era chegada a época do nascimento do Messias de Israel e se rejubilavam esperançosos.
Nas terras pagãs da Grécia, Egito, Arábia, Pérsia e Índia as sibilas, também, já tinham, há muito tempo, profetizado a respeito do nascimento e, por isso, uma geral e profunda expectativa existia, de um acontecimento extraordinário que abalaria a vida dos homens e mudaria o destino do mundo.
Até que enfim, numa dessas noites frias e estreladas do inverno palestino quando, na profundidade dos espaços siderais, se completava a conjunção insólita, as vibrações celestiais desceram sobre Belém e envolveram a casa humilde onde o Menino-Luz estava nascendo.
E os pastores rústicos, enrodilhados nos seus mantos, nas encostas dos montes próximos, beneficiados de incrível lucidez, viram os clarões luminosos que desciam do céu e ouviram o coro inaudível dos Espíritos clamando, para todo o mundo: Glória a Deus nas alturas e Paz na Terra aos homens de boa vontade".
E assim, mais uma vez, as forças das trevas foram vencidas ...
Nota
O fato de o Divino Mestre ter sido pressentido em primeiro lugar por pastores humildes, prova que sua tarefa era de redenção para todos os homens e, deixando-se adorar por altos dignitários estrangeiros, sacerdotes de religiões diferentes, testemunhava de que sua mensagem seria de extensão universal.
Edgard Armond – O Redentor
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