Uma telespectadora, que nos viu no Programa Fronteiras da Ciência, enviou essa dúvida sobre a convivência entre seres humanos e animais:
“Meu gato morreu atropelado e hoje faz sete dias. Gostaria de saber se eles têm alma e encarnam rapidamente; e se eles voltam a procurar seus donos”.
E respondemos:
Essa sua dúvida está respondida no Livro dos Espíritos, capítulo XI, de forma muito esclarecedora, por quem realmente sabe o que está falando. Você vai se surpreender com as respostas que tratam dos reinos da natureza e a nossa relação com os mesmos.
O aspecto que talvez nos caiba nessa questão é refletir que tipo de relação temos com os animais, que deve ser de carinho e respeito, sem ultrapassar os limites da razão e do bom senso. Não devemos nem podemos tratar os animais como se fossem humanos, porque realmente eles não são. Esperar deles atitudes e comportamentos, escolhas e decisões, relações de afetividade que vão além das regras da natureza não é amor , nem respeito. Nós , muitas vezes, atribuímos aos animais coisas que só os humanos podem fazer e perceber. Isto chama-se humanização dos animais. É o mesmo que animalizar os humanos. Um contra-senso que somente prejudica os animais e seres humanos. Foi nesse sentido que surgiu aquela ironia crítica sobre esse comportamento: "Troque seu cachorro por uma criança pobre!". Temos um cãozinho aqui em casa e nós o adoramos. Mas também o maltratamos quando esperamos dele um comportamento humano e até covardemente o deixamos constrangido quando exigimos isso dele.
Espero que você compreenda esse tema tão importante e que considere a reencarnação dos animais um assunto que não pode, nem deve ser humanizado. Deve, sim, ser compreendido como um fenômeno que regula o próprio reino no qual eles se encontram. O convívio que eles têm conosco não altera essa situação natural, como acontece em seres humanos, cujas ações e relações de escolhas geram reações de compromissos mútuos em novas existências.
Animais não estão nessa categoria natural e não podem ser responsabilizados por escolhas que eles não podem fazer.
Mais uma vez grato e parabéns pela sua coragem em questionar esse assunto, que para uns pode parecer um absurdo, mas é uma dúvida muito comum e sincera em quem convive com animais.
Abraços fraternos
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