"No término das nossas atividades, na reunião da noite de 13 de outubro de 1955, foi nosso amigo André Luiz quem compareceu, através do médium, induzindo-nos a serenidade e coragem. Após uma mensagem, apresentou-nos a irmã Francisca Júlia da Silva, que, havendo atravessado aflitivas provações, à morte do corpo físico, atualmente se propõe trabalhar no combate ao suicídio.
Rogamos, assim, alguns minutos de silêncio, a fim de que ela possa transmitir sua mensagem.
Logo após André Luiz retirar-se, a poetisa anunciada tomou as possibilidades mediúnicas, com maneiras características, e renunciou o belo soneto que ela própria intitulou com o expressivo apelo".
Lutai
Por mais vos fira o sonho, a rajada violenta
Do temporal de fel que enlouquece e vergasta,
Suportai, com denodo, a fúria iconoclasta
E o granizo cruel da lúrida tormenta.
Carreia a dor consigo a beleza opulenta
Da verdade suprema, eternamente casta;
Recebei-lhe o aguilhão que nos lacera e arrasta,
Ouvindo a voz da fé que vos guarda e apascenta.
De alma erguida ao Senhor varai a sombra fria!...
Por mais horrenda noite, há sempre um novo dia,
Ao calor da esperança – a luz que nos enleva...
A aflição sem revolta é paz que nos redime,
Não olvideis na cruz redentora e sublime
Que a fuga para a morte é um salto para a treva.
2 comentários:
Dalmo, boa noite.
Você teria algum dado de estatística sobre o suicídio e sua incidência, nas cidades brasileiras? Pergunto isso porque moro em uma cidade de pouco mais de oitenta mil habitantes, e vejo que tem ocorrido pelo menos um caso consumado por mês, fora as tentativas frustradas que atendemos. Estamos dentro do perfil social? O que poderíamos fazer para atenuar esse quadro?
Grato pela atenção.
Vinicius
vinicial@gmail.com
Dalmo,
Parabéns pelo resgate da história do CVV e da participação do Chico, do Armond e outros trabalhadores do movimento espírita nesta meritória ação.
Um abraço
Jáder Sampaio
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