Esse problema nunca teve como causa os espíritos e sim os médiuns. Isso é sintomático. Quase sempre.
Espíritos que não respeitam a cultura dos locais onde se manifestam geralmente viram alvos de desconfiança.
As entidades étnicas realmente sábias e humildes não fazem questão de se manifestarem verbalmente ou impor suas crenças em ambientes onde não há rituais e práticas dogmáticas. As entidades africanas, indígenas, hindus, chinesas, etc, que são autênticas e superiores, sempre atuam de forma discreta e competente em todos os ambientes. São falanges muito disciplinadas, verdadeiras fraternidades, de comportamento humanitário exemplar, como confirmam videntes confiáveis em narrativas muito curiosas sobre essas atividades. Jamais quebram os protocolos morais e habituais do cenário onde atuam. Isso é questão de honra para eles.
Quando acontece alguma manifestação fora desses padrões conhecidos, realmente é necessário questionar e até impedir, caso haja insistência. Isso não é preconceito nem discriminação. Discriminação é tratar os iguais de forma diferente.
Espiritismo, Umbamba , Catolicismo e Candomblé são coisas diferentes. É conceito, procedimento e prática doutrinária construída historicamente nas lides espíritas e que não podem ser desprezadas à titulo de discursos pseudo-progressistas. Padres, monges, gurus e outros tipos sacerdotais receberiam o mesmo tratamento de impedimento , caso insistissem em aplicar suas práticas e ideias em ambientes espíritas.
Mesmo que aja acusação de preconceito e reação de rebeldia, como forma de assustar os presentes e confundir os trabalhos, deve-se proceder de forma doutrinária: lembrar que as casas espíritas não possuem rituais, dogmas, fórmulas, etc, e que o respeito é primordial para a convivência e o equilíbrio nas relações entre encarnados e desencarnados.
A recíproca é verdadeira. As entidades não étnicas que queiram atuar em ambientes ritualísticos devem ser discretas, autênticas e respeitosas, pois seria muito estranho se resolvessem mostrar aquilo que não são.
Lembrando: espíritos rebeldes são mais fáceis de lidar e conviver do que com médiuns sem conhecimento e indisciplinados.
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