Os seres humanos, sobretudo os brasileiros,
têm um temperamento místico, herdado dos nossos antepassados, e que nos faz ver
as manifestações espíritas ainda pelo olho do sobrenatural, o eterno jogo entre
mortos e vivos explorados pelas religiões primitivas. Mesmo os espíritas ainda são
muito supersticiosos e pensam que todos os espíritos são superiores e sábios,
capazes de resolver todos os problemas e dificuldades. Esquecem que a maioria dessas
entidades que muito insistem em se comunicar conosco também são seres falidos e
carentes, que trabalham intensamente para recuperar o tempo perdido nas
encarnações nas quais falharam. Muitos deles desconhecem os mecanismos mais
simples da evolução e, apesar da boa vontade, não possuem condições de orientar
e instruir os encarnados. Outros tantos, ainda perdidos no personalismo e na
confusão psíquica, querem se fazer passar por orientadores e mestres,
solucionadores de obstáculos que nem eles seriam capazes de remover se
estivessem encarnados. Nesse aspecto, muitos de nós estão em posição superior a
eles, pois estamos no campo real de testes da carne somos portadores de
ferramentas educativas muito mais eficientes na oficina da prova diária. É
preciso saber quem realmente são os mortos e os vivos nessa história. Tudo
indica que os Espíritos Superiores verdadeiros já fizeram a sua parte e agora
cabe à nós, em posse do conhecimento já publicado e transmitido, colocar em
prática por meios próprios o que há muito já foi ensinado. Todo o resto nos
parece perfeitamente dispensável, pois é redundância e repetição.
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