domingo, 1 de junho de 2014

O sistema, ora o sistema...


Os sistemas – inspirados nas concepções e crenças que temos sobre a Natureza e o Universo – são criados para explicar e provar as coisas que não entendemos. Quando ocorre a explicação e a prova, não é mais necessário, nem conveniente, que os mesmos sejam invertidos na sua função de meios para que sejam mantidos com fim; mesmo porque nenhum paradigma é definitivo e nenhuma verdade é absoluta.

As visões de mundo se sucedem desde quando vivíamos em cavernas e foram caindo, uma após outra, diante das nossas crises íntimas e das descobertas de novos fenômenos. Da antiga concepção de mundo plano, único e redondo, passamos ao plural; e agora, diante do novo complexo, tivemos que abrir mão de crenças e valores, sob o risco de pararmos no tempo e no espaço da ignorância e do obscurantismo.  

O Espiritismo, como sistema, já foi explicado e provado. Insistir na sua prática como como tal e principalmente como finalidade é dogmatizá-lo num processo de asfixia, dando abertura perigosa ao fanatismo, disputas de poder e abusos institucionais.

A única forma de permanência e unidade do Espiritismo não está, definitivamente, nos livros, estatutos nem nas organizações e métodos sistematizados, mas sobretudo na consciência dos espíritas.

PS.
Isso é uma mensagem mediúnica ou uma dissertação do próprio autor?

Penso que fui eu, mas sei que pode não ter sido eu, nem confio que tenha sido eu. O que importa, seja quem for, é que pensa como eu.

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