O Ministro Arthur Chioro diz que ainda falta fechar 178 hospitais psiquiátricos, que segundo ele são "maquinas de romper vínculos familiares e sociais e também de cronificação de doenças". Para o ministro os pacientes em crise devem usar os Caps e serem internados em hospitais no máximo por 72 horas. E depois voltam ao Caps para acompanhamento. Tudo apoiado pelas famílias. É o que diz uma lei federal sobre o assunto. Mas, e quem não tem família? São milhares de pacientes acolhidos por instituições de beneficência (que não são manicômios públicos) e dezenas de milhares abandonados nas ruas e rodovias. Outro estopim aceso: os hospitais estão falidos e com seus bens alienados em dívidas bancárias sucessivas para cobrir as folhas de pagamento. O Ministério da Saúde se nega a dar verbas para quem mantém esse modelo hospitalar. Como fechar um hospital? Para onde vão os pacientes? Quem vai pagar as contas? E como elas serão pagas?
Foto: o célebre artista Bispo do Rosário e sua ficha de indigente num antigo manicômio público.
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