Martim Lhuter King: marcha pelos direitos civis e o discurso do "sonho de igualdade" em Washinton.
Mais uma vez o mundo volta os olhos para a grande nação norte-americana, olhares de admiração, esperança e também muita apreensão. O jovem presidente eleito Barack Obama é o primeiro fenômeno político do século XXI, causando a mesma expectativa dos seus antecessores históricos. A crise econômica que todos temem têm as mesmas características daquela que precipitou as nações no inesquecível conflito mundial de 1939. Sob os ombros do novo presidente pesam a responsabilidade de administrar desafios e prover seus tutelados de força moral para suportar as graves provações que certamente atingirão à todos nós. Suas origens e trajetória política não deixa dúvidas sobre as suas ligações espirituais com a grande Fraternidade que inspira os destinos da América do Norte.
Impossível refletir sobre esse importante acontecimento sem lembrar que os Estados Unidos – à parte das suas tristes incursões imperialistas - representa para a civilização contemporânea o símbolo da liberdade humana e das transformações sociais aguardadas por todos os povos. É certamente uma nação governada por gênios espirituais que vigiam severamente seus passos rumo ao futuro. Espíritos seriamente comprometidos com as causas universais ali se concentraram para dar vazão às suas idéias e vivências no campo das inovações que vem alterando radicalmente o comportamento das coletividades em todo o planeta. Berço das lutas políticas do liberalismo, da abolição da escravatura e também do espiritismo, as ex-colônias britânicas jamais perderam sua vocação de laboratório social, ativismo e mudanças contra a miséria e a opressão.
Herdeira da cultura e de grande parte dos débitos espirituais britânicos adquiridos na antiguidade romana, a América atraiu para o seu seio milhões de almas que no passado abusaram da liberdade e da riqueza, agora comprometidas na construção de um novo conceito de vida e prosperidade. Foi esse mesmo espírito libertário norte-americano que mais tarde atingiria a Europa revolucionária e as demais regiões da América Latina, incluindo o Brasil.
No século XX , marcadamente nas décadas de 1960 e 1970, explodiram nos EUA a mais influente revolução de costumes já registrada na história. Na mesma região da Califórnia, na década de 1980, quando o mundo agonizava numa grave crise existencial e sob o risco de um catástrofe nuclear, surge uma nova onda renovadora formada por artistas, filósofos e cientistas, quebrando antigos conceitos e paradigmas, para mostrar ao mundo os novos rumos da civilização do terceiro milênio. Eram os “conspiradores” da Era de Aquário, inteligências renascidas na própria América ou atraídas de inúmeros lugares que ali se reuniram para implantar uma nova ordem mental planetária.
É certo que o mundo não esquece as tragédias militares causadas pelos espíritos mais ambiciosos e belicosos daquele país (sempre resgatadas em episódios coletivos dolorosos), mas não podemos esquecer daqueles que não abandonam sua missão de iluminar e libertar os povos através da paz e da sabedoria.
Deus salve a América!
A poetisa Emily Dickinson, o poeta Walt Whitman e a romancista Harriet Beecher Stowe: liberdade e espiritualidade.
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