sábado, 25 de outubro de 2008

Viver é fazer escolhas

Robin Willians e Annabella Sciorra em "Amor Além da Vida": desvendando os enigmas da morte.


Algum tempo atrás o amigo Bruno nos enviou este e-mail com algumas dúvidas sobre coisas que realmente são preocupantes em pessoas que estão tendo a oportunidade de passar por momentos de transformação. Dessa forma, trocamos as seguintes impressões:

“Dalmo, assisti a uma reportagem sua no programa Fronteiras da Ciência, da Unisanta TV, e gostaria de pedir sua ajuda a respeito de dúvidas que possuo sobre a mediunidade. Tenho um imenso medo da morte e do que existe depois dela e, apesar de considerar a vida no pós-morte, sou um pouco cético. Por favor, se puder ajudar a tornar-me um médium, ou me dar diretrizes para que eu tenha algum contato com algum espírito de forma a me fazer sentir sua presença, isso tornaria minha vida extremamente mais suave e feliz, pois todos os dias que passo eu penso na morte. E isso me traz uma aflição enorme e quando passei a ouvir relatos de pessoas próximas me acalmei um pouco. Então preciso sentir pessoalmente essa realidade. Se puder ajudar, eu lhe agradeço desde já,
Muito obrigado


Resposta


“Caro Bruno, não somos nenhum mestre das coisas espirituais, mas podemos lhe falar um pouca da nossa experiência pessoal sobre esse assunto. Talvez lhe ajude de alguma forma.

1. O melhor ambiente para nos acostumarmos com a realidade espiritual é o Centro Espírita. Encontre um centro onde você possa freqüentar habitualmente, receber passes e orientações doutrinárias. Esse contato é muito importante não somente para a aprendizagem intelectual, mas principalmente para a nossa transformação moral, efeito inexorável dos novos conhecimentos. Não basta mudar o ponto de vista, é preciso mudar de atitude. Allan Kardec e muitos outros grandes nomes conheceram o Espiritismo já na maturidade e só compreenderam os ensinamentos quando perceberam que era preciso ir além das informações teóricas. No centro você vai encontrar muitas oportunidades de romper essas barreiras. Se você não gosta de sair de casa, faça da sua casa ou do seu corpo um centro espírita: faça orações pela família, pelos vizinhos, pelos companheiros de trabalho e principalmente pelos inimigos, se os tiver; estude e reflita sobre temas sérios; ajude o próximo ( os familiares são os mais próximos, pois são os nossos maiores credores) com auxílio material possível e também com a caridade de ouvir e incentivar coisas positivas e benéficas. Tudo isso quebra o nosso egoísmo, gera desprendimento de coisas materiais e nos torna mais próximos das coisas espirituais.

2. Todos somos médiuns, em potencial. Se você realmente for médium de tarefa, ou seja, tem compromissos assumidos antes da atual encarnação, a faculdade mediúnica deve desabrochar num ambiente adequado, harmônico e seguro, que é o centro Espírita. Do contrário ela se manifesta através de perturbações: medos, neuroses, doenças físicas, complicações na vida doméstica e profissional, ataques de Espíritos inimigos ou desafetos que vem nos cobrar dívidas passadas. No caso de Espíritos imperfeitos como nós, a mediunidade deve ser sempre trabalho em favor do próximo ou então é foco de graves problemas pessoais.

3. O medo da morte e dos mortos não é privilégio de alguns , mas de milhões de seres humanos. Quando estamos no mundo espiritual também temos medo de reencarnar, pois tememos o fracasso das nossas tarefas. Outro motivo é o apego excessivo às coisas materiais: bens, conforto e prazeres, vícios, orgulho e baixa aceitação dos nossos defeitos (Comportamento defensivo). O ceticismo também é uma forma de esconder o medo, uma defesa da mente contra o desconhecido. Todos tememos a morte, por mais que tenhamos conhecimento. Isso é instinto de conservação e apego ao corpo. A morte é sempre uma crise pessoal, um momento particular de mudanças íntimas que ninguém pode viver por nós. Deus e os benfeitores espirituais são a nossa única companhia nesse momento doloroso de grande expectativa. Oração e vigilância constantes são sempre úteis porque nunca sabemos o exato momento da morte. Segundo Jesus, o importante é manter o coração sereno e confiante. E coração confiante e sereno é acima de tudo consciência tranquila. Como não somos poços de virtudes, o ideal é estudar, confraternizar, corrigir nossas falhas mais graves, mudar nossos sentimentos mais negativos, auxiliar quem precisa de ajuda e ficar atento para o momento derradeiro. Depois da passagem, dizem os mais experientes, é só colher os frutos daquilo que semeamos. Conhecer novos ambientes, novos amigos, novos conhecimentos, replanejar novas existências de trabalho e resgate, nesse ou em outros mundos.Enfim, evoluir. Grato pelo seu contato e muita paz para você e seus companheiros de jornada”.


Retorno

“Muitíssimo obrigado pela sua resposta. Tenha certeza de que ela me ajudou bastante. Vou encontrar um centro espírita e lá eu irei estudar mais sobre a doutrina espírita e encontrar um pouco de paz.

Mas se for possível, gostaria de pedir que me respondesse a mais duas duvidas que possuo: Primeiramente, tenho receio de encontrar um centro que não seja serio, como posso fazer para me certificar de que um determinado centro espírita promove um trabalho serio?

E , se sentir a vontade em responder esta, por favor: com toda a experiência que tem na doutrina espírita, já viu um espírito? Digo, teve uma comprovação física da existência dessas entidades?

Agradeço muito mesmo pela consideração do senhor em me ajudar com essas questões.

Resposta

Caro Bruno, na sua cidade existem muitas casas espíritas autênticas, isto é, que seguem a linha kardecista, atendem gratuitamente e são frequentadas por pessoas honestas e esclarecidas. Ainda assim há diferenças entre elas na forma de compreender a doutrina, bem como oferecer ajuda e orientação. Você terá que fazer a escolha por conta própria. A seriedade ou adequação às suas necessidades você mesmo poderá avaliar através da sua busca. Creio que todas elas são sérias, levando-se em conta que nelas atuam seres humanos de boa vontade, porém ainda imperfeitos. Nunca vi Espíritos, se os vi não soube distinguir se eram encarnados ou não, coisa que é muito comum. Já tive contato com parentes desencarnados e com o meu mentor espiritual, sempre através de médiuns de incorporação, experiências que me deixaram bastante satisfeito quanto à autenticidade do fenômeno. Também durante o sono físico, costumo ter contatos com seres espirituais, numa espécie de sonho real. Também costumo, espontaneamente, sentir a presença de espíritos através da alteração emocional: choro, euforia, depressão, alegria, dependendo situação espiritual ou da condição moral nossa ou de quem está tentando se comunicar.


Grato pelo contato


Max von Sydon, Robin Willians e Cuba Gooding Jr

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