domingo, 19 de outubro de 2008

Sede perfeitos!

Patton (o segundo sentado da esquerda para a direita) e o alto comando militar dos EUA durante a II Guerra Mundial: velhos companheiros nos mesmos cenários e novas circunstâncias.


O General George S. Patton não se constrangia ao revelar sua convicção de estar revendo durante a II Guerra Mundial os mesmos companheiros, cenários e adversários da época em que existiu como comandante de tropas romanas. Segundo ele , não eram apenas impressões , mas uma sensação real e viva, muito além da simples lembrança.
A reencarnação sempre foi e continuará sendo um assunto fascinante no mundo mortais. Para uns é um absurdo e fantasia, para outros uma lógica e lei natural. Para todos um enigma ainda difícil de desvendar e compreender na sua essência. Filosofia, Ciência e Religião agora buscam um caminho comum para explicar essa enigmática relação entre o tempo biológico absoluto e o tempo psicológico relativo; entre o relógio e a bússola, a unicidade da Vida e multiplicidade das existências, a salvação existencial e a ressureição espiritual.
Mesmo os espiritualistas, que há muito crêem na imortalidade, ainda não conseguem contemplar essa possibilidade do Espírito vir animar outros corpos, preservando a mesma identidade no curso dos milênios, acumulando as experiências da perfeição relativa que caracteriza os seres humanos. Sempre que alguém nos pergunta se fulano é a reencarnação de sicrano ou beltrano respondemos que é possível como lei natural, mas nunca uma certeza como experiência individual.
Quando perguntam de quem somos a reencarnação, respondemos prontamente: de nós mesmos! Somos os mesmos, corpos diferentes, situações diferentes, mas sempre as mesmas individualidades, marcadas pela identidade da Divina Criação , com menos defeitos e mais virtudes, acrescidos de novas habilidades e mais responsabilidades.
Gostaríamos de fazer uma regressão para saber a verdade? Claro! Gostaríamos muito! Só não gostaríamos de saber por que ainda somos tão orgulhosos e arrogantes. De quem será que herdemos essas marcas tão persistentes? Por que ainda temos tanto medo da morte, mesmo sendo apologistas da imortalidade? Por que tanto pavor em mergulhar em nós mesmos e saber o quanto ainda temos para aprender a sermos nós mesmos, certamente em outros corpos?
Quantos Elias tiveram que retornar como João Batistas, mesmo marcados pela responsabilidade de difundir a verdade? Como apagar o remorso de Judas Scariotes sem a possibilidade de retornar como Joana D’Arc e lutar contra o Ego, como se o mundo estivesse sempre contra nós? De que vale ser um Lincoln sem a possibilidade de ser um Kennedy para terminar a obra inacabada?
Famosos ou anônimos, crentes ou descrentes, certos ou incertos, a reencarnação aí está a nos desafiar: quem somos, de onde viemos, para onde vamos?

É possível ser perfeito existindo uma única vez?


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